Portugal Registou 1.191 Mortes Acima do Esperado em Janeiro, com Maior Impacto nas Idades Mais Avançadas

 

Dados recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) revelam um aumento preocupante na mortalidade em Portugal durante o mês de janeiro. O país registou 1.191 óbitos acima do valor esperado para o período, com um impacto particularmente significativo entre a população mais idosa. O fenómeno, que tem levantado preocupações entre especialistas e autoridades de saúde, está a ser analisado para identificar as causas exatas deste excesso de mortalidade.

De acordo com o relatório do INSA, o aumento de mortes foi mais pronunciado em indivíduos com 75 anos ou mais, faixa etária que representa a maioria dos casos. Embora as causas específicas ainda estejam a ser investigadas, especialistas apontam para uma combinação de fatores, incluindo a sazonalidade de doenças respiratórias, como a gripe e a COVID-19, além de possíveis efeitos das condições climáticas adversas registadas no início do ano.

A diretora do Departamento de Epidemiologia do INSA, Ana Paula Rodrigues, destacou que “o envelhecimento da população portuguesa torna-a mais vulnerável a surtos de doenças infecciosas e a eventos extremos, como ondas de frio”. Ela reforçou a importância da vacinação, especialmente contra a gripe e a COVID-19, como uma medida crucial para proteger os grupos de maior risco.

O relatório também chama a atenção para a necessidade de reforçar os sistemas de saúde e de vigilância epidemiológica, de modo a antecipar e mitigar os efeitos de futuros picos de mortalidade. A situação observada em Janeiro serve como um alerta para a importância de políticas públicas que garantam a proteção dos mais vulneráveis, especialmente em períodos de maior stress para o sistema de saúde.

Enquanto as autoridades continuam a monitorizar a situação, a população é incentivada a adotar medidas preventivas, como a vacinação e a adoção de hábitos de vida saudáveis, para reduzir o risco de complicações graves. O excesso de mortalidade registado em Janeiro é um lembrete dos desafios que Portugal enfrenta no cuidado com a sua população envelhecida e na gestão de crises de saúde pública.