Sismo faz tremer Lisboa e deixa população em alerta

 

Um sismo de magnitude moderada foi sentido em Lisboa na manhã deste sábado (17), deixando a população em alerta e reacendendo o debate sobre a preparação da cidade para eventos sísmicos de maior intensidade. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o tremor teve epicentro a cerca de 30 quilómetros a sudoeste de Lisboa e atingiu uma magnitude de 4.5 na escala de Richter.

O sismo, que ocorreu por volta das 10h15, foi sentido em várias zonas da capital portuguesa e arredores. Moradores relataram terem sentido trepidações e movimentos bruscos, especialmente em edifícios mais altos. Apesar da intensidade moderada, não há registo de danos materiais significativos ou feridos, segundo as autoridades locais.

“Foi um susto, mas felizmente tudo parece estar bem”, contou uma moradora da zona de Belém, que preferiu não se identificar. “Lembrei-me logo do terramoto de 1755 e fiquei preocupada, mas o tremor passou rápido.”

O terramoto de 1755, que destruiu grande parte de Lisboa e é considerado um dos mais devastadores da história da Europa, ainda hoje serve como um marco de referência para a população e para as autoridades quando o assunto é segurança sísmica. Especialistas alertam que a cidade, por estar localizada numa zona de risco, deve estar sempre preparada para a possibilidade de um evento de maior magnitude.

O IPMA reforçou que o sismo deste sábado não representa motivo para alarme, mas lembrou a importância de medidas preventivas, como a revisão de estruturas de edifícios e a conscientização da população sobre como agir em caso de tremores mais fortes. “É fundamental que as pessoas saibam o que fazer durante e após um sismo, como procurar abrigo em locais seguros e evitar elevadores”, explicou um porta-voz do instituto.

A Proteção Civil também emitiu um comunicado, reforçando que as equipas estão em alerta e que foram realizadas vistorias em áreas consideradas críticas. “Até ao momento, não foram registados danos significativos, mas continuamos a monitorizar a situação”, afirmou a entidade.

O sismo deste sábado reacendeu o debate sobre a necessidade de investimentos em infraestruturas mais resistentes e em planos de emergência eficazes. Lisboa, assim como outras cidades portuguesas, está localizada numa zona de convergência entre as placas tectónicas Euroasiática e Africana, o que a torna particularmente vulnerável a eventos sísmicos.

Enquanto isso, a população segue atenta às informações oficiais e às recomendações das autoridades. Para muitos, o tremor serviu como um alerta sobre a importância de estar preparado para situações de emergência. “Foi um aviso da natureza”, comentou um morador da zona do Chiado. “Precisamos estar mais conscientes e preparados, porque nunca sabemos quando pode acontecer algo maior.”

Com a situação sob controlo, as atenções agora se voltam para a prevenção e para a reflexão sobre como Lisboa pode se tornar uma cidade mais resiliente face aos desafios impostos pela atividade sísmica.