Marcelo classifica EUA como “antigos aliados” e questiona seriedade da NATO em relação à guerra na Ucrânia

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez declarações surpreendentes ao referir-se aos Estados Unidos como “antigos aliados” e questionar o compromisso da NATO com a guerra na Ucrânia. As afirmações foram feitas durante uma entrevista à CNN Portugal, na qual o chefe de Estado português abordou a atual situação geopolítica e o papel das alianças internacionais no conflito que já dura mais de dois anos.
Marcelo destacou a necessidade de uma reflexão profunda sobre o papel da NATO e dos seus membros no apoio à Ucrânia. “Precisamos de perceber se a NATO é para levar a sério”, afirmou o Presidente, sugerindo que a aliança militar pode não estar a cumprir plenamente as suas responsabilidades no contexto do conflito. As declarações surgem num momento em que a guerra na Ucrânia continua a gerar tensões globais, com a Rússia a manter uma ofensiva persistente e os aliados ocidentais a debaterem o nível de apoio militar e financeiro a Kiev.
Ao referir-se aos Estados Unidos como “antigos aliados”, Marcelo Rebelo de Sousa pareceu sugerir uma mudança no relacionamento transatlântico, embora não tenha detalhado o que motivou essa classificação. A expressão gerou reações imediatas, com analistas a interpretarem as palavras do Presidente como um sinal de preocupação com a possível diminuição do envolvimento norte-americano na Europa e no apoio à Ucrânia. “Os EUA têm sido um pilar fundamental da NATO e da segurança europeia. Se essa relação está a mudar, é algo que merece atenção”, comentou um especialista em relações internacionais.
O Presidente português também enfatizou a importância de uma resposta unida e eficaz por parte da União Europeia e da NATO. “Não podemos permitir que a Ucrânia seja abandonada. A credibilidade das nossas instituições está em jogo”, afirmou. Marcelo defendeu que a Europa deve assumir um papel mais ativo na resolução do conflito, especialmente num cenário em que o apoio dos EUA pode estar a diminuir.
As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa ocorrem numa altura em que a guerra na Ucrânia continua a ser um tema central na agenda internacional. A NATO tem reforçado a sua presença na Europa Oriental, mas persistem dúvidas sobre a capacidade da aliança em manter um apoio consistente a longo prazo. Além disso, a possibilidade de uma mudança na política externa dos EUA, dependendo dos resultados das próximas eleições presidenciais, é vista como um fator de incerteza.
A entrevista do Presidente português à CNN Portugal destacou a complexidade do atual cenário geopolítico e a necessidade de uma estratégia clara e coordenada por parte dos aliados ocidentais. Enquanto a guerra na Ucrânia prossegue, as palavras de Marcelo servem como um alerta para a importância de manter a coesão e o compromisso com os valores democráticos e a segurança coletiva