Marta Raad Dantas: a engenheira brasileira que propõe um novo modelo económico para a era pós-inteligência artificial
Uma visão que transforma a automação em massa numa oportunidade para regenerar o trabalho, a educação e a economia global.
Enquanto grande parte do mundo encara a inteligência artificial (IA) como uma ameaça aos empregos e à estabilidade social, a engenheira e investigadora brasileira Marta Raad Dantas apresenta uma proposta ambiciosa e inspiradora: a Arquitetura da Regeneração Global (ARG). Mais do que um conceito tecnológico, trata-se de um sistema operativo para reestruturar a forma como produzimos riqueza, aprendemos e colaboramos, colocando o ser humano novamente no centro do progresso.
A autora parte de uma constatação incontornável: a desigualdade social, o desemprego estrutural e a desorientação institucional atingiram níveis inéditos. Contudo, em vez de propor medidas paliativas, Dantas delineia uma alternativa sistémica em que a IA atua como amplificadora do potencial humano — e não como substituta.
Um sistema que reinventa o valor humano
O modelo ARG assenta na ideia de que a criatividade, a empatia e a colaboração são competências insubstituíveis pelas máquinas. Para ativar estas capacidades em escala global, a proposta transforma quatro megaeventos — os Jogos Olímpicos, o Mundial de Futebol, os grandes torneios de E-Sports e um novo Festival de Cultura e Tecnologia — em plataformas de desenvolvimento humano e económico.
Em vez de apenas espetáculos, estes eventos tornam-se motores de inclusão produtiva, com sedes físicas, subsedes e ecossistemas virtuais que geram procura por trabalho criativo e colaborativo. Dessa dinâmica nasce um ciclo regenerativo contínuo:
eventos geram procura → educação forma talentos → talentos ativam territórios → cultura inspira → o ciclo recomeça.
Educação Viva e Renda Regenerativa
A proposta de Dantas integra também o conceito de Educação Viva, que converte espaços urbanos ociosos em laboratórios de aprendizagem e inovação. Paralelamente, uma Infraestrutura Digital Global certifica as competências adquiridas através de Portfólios de Impacto, substituindo diplomas tradicionais por evidências práticas de contribuição social e económica.
O sistema prevê ainda uma Renda Cidadã Ativa (RCA), que remunera os cidadãos pela sua participação em projectos de regeneração ambiental, cultural e educacional. Desta forma, o trabalho deixa de ser apenas uma necessidade de sobrevivência e passa a constituir um ato de propósito e transformação coletiva.
Capitalismo Evolutivo
No centro da visão de Marta Raad Dantas está o conceito de Capitalismo Evolutivo — um modelo que alia rentabilidade a propósito, inclusão e regeneração urbana. Cada cidade pode tornar-se uma “Sociedade Motriz”, conectada em rede e movida pela cultura e pela inovação local.
“No mundo pós-IA, cultura e propósito são o novo petróleo. Regenerar é liderar”, sintetiza a engenheira.
O Brasil como laboratório global
Com a sua diversidade cultural, criatividade inata e experiência em grandes eventos, o Brasil surge como terreno fértil para implementar as primeiras Sementes ARG — projectos-piloto destinados a demonstrar a viabilidade do modelo em escala local antes da sua expansão internacional.
Para Dantas, o desafio não é mais impedir que a IA substitua empregos, mas redesenhar o significado de trabalho:
“A questão central é como cada pessoa pode participar da nova economia da experiência humana que está a nascer.”
Com a Arquitetura da Regeneração Global, Marta Raad Dantas apresenta uma alternativa concreta e visionária à crise provocada pela automação — um modelo em que tecnologia e humanidade coexistem, não em conflito, mas em complementaridade. Uma proposta que convida o mundo a imaginar não apenas o futuro do trabalho, mas o trabalho do futuro: criativo, inclusivo e regenerador.

Arquitetura da Regeneração Global: Um sistema operacional para reconstruir educação, trabalho e economia PÓS-IA
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