Trabalhadores da Carris anunciam greve de 24 horas para 11 de julho
Os trabalhadores da Carris, incluindo motoristas e guarda-freios, anunciaram uma greve de 24 horas para o dia 11 de julho e ameaçam realizar greves parciais entre os dias 15 e 19 de julho caso suas demandas não sejam atendidas. A decisão foi comunicada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), que faz parte da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
O STRUP, em comunicado, explicou que a decisão foi tomada após um plenário geral realizado na quarta-feira, na Praça do Município, em Lisboa. Durante o plenário, os trabalhadores manifestaram sua insatisfação com a falta de resposta do Conselho de Administração (CA) da Carris às reivindicações apresentadas em um plenário anterior, mesmo diante do “resultado líquido da empresa de 9,5 milhões de euros” registrado no relatório e contas de 2023.
As principais reivindicações dos trabalhadores incluem um aumento de 100 euros na tabela salarial, um aumento de 15 euros por dia no subsídio de alimentação, a implementação de uma jornada semanal de 35 horas, com a inclusão do tempo de deslocação de e para os locais de rendição, e a concessão de passe para a Área Metropolitana de Lisboa.
De acordo com o STRUP, estas demandas são cruciais não apenas para melhorar as condições de vida dos trabalhadores, mas também para garantir a retenção e atração de novos profissionais para a empresa, essencial para a manutenção do serviço público de qualidade prestado pela Carris.
O sindicato afirma que, caso o CA da Carris não apresente uma resposta positiva até o dia da greve, a paralisação será mantida. Além disso, se as reivindicações não forem atendidas até o dia 11 de julho, o STRUP está autorizado a continuar com ações de luta, incluindo greves nas duas primeiras e últimas horas de trabalho diárias, durante a semana de 15 a 19 de julho.
O ciclo atual de greves parciais teve início na segunda-feira e se estenderá até sexta-feira, com o objetivo principal de pressionar por aumentos salariais e redução da carga horária de trabalho. Durante este período, o Tribunal Arbitral determinou a execução de serviços mínimos para minimizar os impactos na população.
Os próximos dias serão decisivos para as negociações entre os trabalhadores e a administração da Carris, com a expectativa de que um acordo possa ser alcançado para evitar maiores transtornos aos usuários do transporte público de Lisboa.