Feira do Livro de Lisboa 2025: Primeiras Compras Revelam as Preferências Literárias do Momento

A tradicional Feira do Livro de Lisboa abriu mais uma vez as suas portas no coração do Parque Eduardo VII, transformando o espaço num verdadeiro palco de celebração da literatura. Logo no primeiro dia, o movimento intenso de leitores revelou não apenas o entusiasmo habitual, mas também tendências claras sobre o que os portugueses estão a procurar nas livrarias atualmente.

Entre os títulos mais procurados destacam-se obras de ficção contemporânea, romances históricos e livros de não-ficção que abordam temas sociais e políticos do momento. O público parece particularmente interessado em narrativas que exploram questões identitárias e ambientais, demonstrando uma sintonia com as preocupações que atravessam o debate público mundial.

Autores consagrados dividiram espaço com novos nomes da literatura lusófona, comprovando que a Feira do Livro continua a ser uma vitrine privilegiada tanto para lançamentos aguardados quanto para descobertas inesperadas. As longas filas para sessões de autógrafos reforçaram o prestígio de escritores que, ano após ano, mantêm a sua relação próxima com os leitores.

Além da variedade de livros, muitos visitantes aproveitaram as promoções e os tradicionais “livros do dia” — grandes apostas das editoras com descontos especiais. As bancas exibiam desde edições de bolso até luxuosas obras ilustradas, captando a atenção de leitores de todas as idades e interesses.

A participação de famílias foi notável. As áreas dedicadas à literatura infantojuvenil estiveram especialmente movimentadas, com crianças e jovens a escolherem livros que vão desde clássicos da literatura até as mais recentes sagas de fantasia. O investimento das editoras em atividades paralelas, como oficinas criativas e contação de histórias, também contribuiu para atrair o público mais jovem e criar uma experiência lúdica e educativa.

Outro destaque foi a procura crescente por livros em língua estrangeira, especialmente títulos em inglês e francês, uma tendência que demonstra o perfil cosmopolita dos leitores lisboetas. Obras de autoajuda e desenvolvimento pessoal, assim como livros de culinária e bem-estar, mantiveram-se entre os mais vendidos, refletindo interesses que se consolidaram nos últimos anos.

A atmosfera da feira, como sempre, misturou a leveza do passeio cultural ao ar livre com a densidade intelectual das obras disponíveis. Cafés, quiosques de gastronomia e espaços de descanso garantiram que os visitantes pudessem passar horas entre livros, conversas e contemplação.

Com um calendário que inclui dezenas de lançamentos, debates e encontros com autores, a Feira do Livro de Lisboa promete manter o ritmo vibrante nos próximos dias, consolidando-se não apenas como um evento comercial, mas, sobretudo, como um grande fórum cultural. A adesão expressiva do público logo no início antecipa mais uma edição de sucesso, onde a literatura é celebrada em todas as suas formas e vozes.