Filho do Rei, mas desprotegido: Harry vive tensão por segurança reduzida em visitas ao Reino Unido

O príncipe Harry voltou a enfrentar momentos de tensão em uma recente viagem ao Reino Unido. Desde que renunciou aos deveres oficiais da realeza britânica, o duque de Sussex perdeu o direito à proteção policial integral e, com isso, vem lidando com situações cada vez mais delicadas. O episódio mais recente reacendeu o debate sobre até que ponto é seguro para ele permanecer no país sem o suporte institucional que costumava acompanhá-lo.

Durante compromissos públicos e eventos beneficentes, uma mulher identificada como perseguidora reincidente conseguiu se aproximar perigosamente do príncipe em dois momentos distintos. No primeiro, ela teria sido encontrada em um banheiro de um hotel pouco antes da chegada de Harry, proferindo frases confusas e demonstrando comportamento alterado. Dias depois, foi vista novamente nas imediações de outro local onde o duque cumpria agenda oficial, aproximando-se a ponto de exigir intervenção física dos seguranças particulares.

Os incidentes reforçaram uma preocupação antiga do príncipe: a falta de segurança adequada em visitas ao Reino Unido. Desde que abriu mão das funções reais, Harry passou a custear sua própria equipe de segurança, mas sem o respaldo da estrutura pública que antes o acompanhava. As medidas oficiais de proteção agora são decididas caso a caso, o que, na prática, significa que ele só recebe apoio policial em eventos específicos e de interesse público.

Fontes próximas relatam que o episódio deixou o príncipe abalado. Ele teria comentado sentir-se vulnerável e preocupado não apenas consigo, mas também com as pessoas que o cercam — seguranças, organizadores e funcionários. A possibilidade de levar Meghan Markle e os filhos ao país tem sido revista justamente pelo receio de que um incidente semelhante possa acontecer com a família.

Especialistas em segurança e psicologia comportamental afirmam que pessoas obcecadas por figuras públicas — chamadas de “indivíduos fixados” — representam risco real, pois agem de forma imprevisível e frequentemente motivadas por transtornos mentais. Em casos como o de Harry, a combinação entre exposição midiática, fama e controvérsias familiares aumenta ainda mais a vulnerabilidade.

A ausência de proteção contínua, para muitos observadores, é vista como uma contradição: mesmo fora das funções oficiais, Harry continua sendo um símbolo global, associado diretamente à monarquia britânica. Sua imagem pública, os compromissos internacionais e o envolvimento em causas humanitárias o mantêm em evidência — e, por consequência, em risco.

O debate agora é político e institucional. O órgão responsável por definir quem tem direito à proteção real sustenta que Harry, ao se afastar da monarquia, abriu mão também dos privilégios de segurança. No entanto, críticos argumentam que o Estado tem dever moral de garantir a integridade de alguém cuja identidade pública está ligada à história e à imagem do Reino Unido.

Mais do que um episódio isolado, o caso evidencia um dilema moderno da monarquia: como proteger quem já não faz parte oficialmente da instituição, mas segue sendo alvo por causa dela. Para Harry, que se tornou um dos rostos mais midiáticos e controversos da realeza, o título de príncipe parece não bastar — o escudo da coroa já não o protege, e a vulnerabilidade, antes invisível, agora é parte de sua rotina.