Portugal em Alerta: Seca Extrema e Crise Hídrica Tornam-se Prioridade Nacional

 

 

Portugal enfrenta uma das piores crises hídricas das últimas décadas, com 90% do território em situação de seca severa ou extrema, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O assunto, que dominou as buscas na internet esta semana, acendeu o alerta para medidas urgentes, incluindo racionamento de água em várias regiões e impactos na agricultura, turismo e vida cotidiana dos portugueses.

Situação Crítica nos Reservatórios

  • Barragens do Algarve estão operando com apenas 25% da capacidade, afetando o abastecimento turístico na região.
  • Tejo e Douro registram níveis históricos baixos, comprometendo a navegação e a produção de energia hidroelétrica.
  • Açores e Madeira, normalmente úmidos, também reportam redução significativa nas reservas de água.

O governo declarou “situação de contingência” em 45 municípios, onde o consumo de água para irrigação e piscinas foi proibido.

Impactos na Agricultura e Economia

O setor agrícola, responsável por 3% do PIB nacional, sofre perdas milionárias:

  • Azeitonas e vinhas estão entre as culturas mais afetadas, com prejuízos estimados em € 200 milhões.
  • Produção de cortiça (Portugal é o maior exportador mundial) pode cair 30% este ano.

“Estamos a enfrentar escolhas difíceis entre priorizar água para consumo humano ou para atividades econômicas”, admitiu a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho.

Soluções em Debate

  1. Dessalinização: 3 novas usinas serão construídas até 2025 no Alentejo e Algarve.
  2. Reúso de águas residuais: Projeto-piloto em Lisboa trata 60% do esgoto para irrigação.
  3. Campanhas de consumo consciente: Meta é reduzir o uso em 15% até o final do ano.

Protestos e Críticas

Manifestações em Coimbra e Faro cobram:

  • Maior investimento em infraestrutura hídrica
  • Transparência na gestão dos recursos
  • Apoio emergencial a agricultores

Enquanto isso, cientistas alertam: “Este não é mais um ciclo natural – é o novo normal climático”, afirma o climatologista Filipe Duarte Santos.