Produções brasileiras brilham na 75ª edição do Festival de Berlim
O Festival de Berlim 2025, um dos eventos mais prestigiados do cinema mundial, contará com a participação de produções brasileiras que prometem emocionar e provocar reflexões. Realizado de 13 a 23 de fevereiro, na capital alemã, o festival será palco de dois trabalhos marcantes do cinema nacional: “A Melhor Mãe do Mundo”, de Anna Muylaert, e o documentário “Hora do Recreio”, de Lúcia Murat.
Anna Muylaert retorna com “A Melhor Mãe do Mundo”
Conhecida por seu sucesso internacional “Que Horas Ela Volta?”, premiado na Berlinale em 2015, Anna Muylaert retorna ao festival com seu mais recente longa, “A Melhor Mãe do Mundo”, selecionado para a seção Berlinale Special (não competitiva).
O filme traz Shirley Cruz no papel de Gal, uma catadora de materiais recicláveis que enfrenta a violência doméstica do marido, vivido por Seu Jorge. Para proteger seus filhos, Rihanna e Benin, Gal os coloca em sua carroça e atravessa São Paulo, transformando a fuga em uma grande “aventura” aos olhos das crianças.
Com coprodução da +Galeria e do grupo Telefilms, e produção da Biônica Filmes, o longa tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros em agosto de 2025, com distribuição da +Galeria.
“Hora do Recreio” e a educação sob o olhar de Lúcia Murat
A diretora Lúcia Murat, em sua terceira participação na Berlinale, apresenta o documentário “Hora do Recreio” na Mostra Generation, voltada para o público infanto-juvenil.
O filme aborda os desafios da educação brasileira sob a ótica de adolescentes de 14 a 19 anos, alunos de quatro escolas de diferentes bairros e comunidades do Rio de Janeiro. A narrativa explora os problemas enfrentados por esses jovens e suas famílias, promovendo um olhar crítico sobre o sistema educacional do país.
Distribuído no Brasil pela Imovision, “Hora do Recreio” reafirma o compromisso de Murat com temas sociais relevantes, já vistos em obras como “Maré – Nossa Doce História de Amor” (2007) e “Doces Poderes” (1997).
Cinema brasileiro em destaque internacional
A presença de produções nacionais no Festival de Berlim reflete o reconhecimento global do cinema brasileiro como um espaço de narrativas sensíveis e potentes. Com histórias que mesclam emoção e crítica social, os filmes de Muylaert e Murat prometem deixar sua marca em uma das maiores vitrines do cinema mundial.
