WASHINGTON – Donald Trump tomou posse na segunda-feira como o 47.º presidente dos Estados Unidos, marcando um regresso histórico à Casa Branca após superar quatro acusações criminais e sobreviver a duas tentativas de assassinato. O seu regresso à política é considerado um dos mais notáveis da história dos EUA.
Numa cerimónia íntima, realizada no rotunda do Capitólio devido às temperaturas abaixo de zero, Trump, de 78 anos, prestou juramento utilizando duas Bíblias: uma oferecida pela mãe em 1955 e outra usada pelo presidente Abraham Lincoln em 1861. JD Vance assumiu o cargo de vice-presidente momentos antes.
“A era dourada da América começa agora,” declarou Trump no seu discurso inaugural. “A partir de hoje, o nosso país prosperará e será novamente respeitado em todo o mundo.”
O discurso, com 30 minutos de duração, apresentou uma visão transformadora para os EUA, prometendo reverter o que descreveu como “traição horrível” do governo Biden. Declarou o dia como “o dia da libertação”, prometendo mudanças drásticas para restaurar a segurança e a prosperidade.
Um Regresso ao Poder
A cerimónia de posse foi recebida com gritos de “EUA! EUA!” por parte dos seus apoiantes, marcando o início de uma presidência orientada por uma agenda populista de “América Primeiro”. No seu discurso, Trump criticou o seu antecessor, Joe Biden, pela má gestão de crises internas e por proporcionar “abrigo e proteção a criminosos perigosos”.
Entre as ações imediatas prometidas por Trump estão:
- Declarar emergência nacional na fronteira sul;
- Renomear o Golfo do México como Golfo da América;
- Designar cartéis de droga como organizações terroristas estrangeiras;
- Implementar novas tarifas sobre o México, o Canadá e a China.
Um Retorno Histórico
Trump torna-se apenas o segundo presidente na história dos EUA, após Grover Cleveland, a exercer mandatos não consecutivos. É também o presidente mais velho a ser empossado e o primeiro condenado por crimes a assumir o cargo. O seu regresso foi garantido por uma intensa campanha que ampliou a sua base de apoio junto de eleitores hispânicos, afro-americanos e jovens, assegurando a vitória sobre a democrata Kamala Harris.
“Nunca mais o imenso poder do Estado será usado para perseguir adversários políticos,” afirmou Trump, numa referência às investigações e acusações que enfrentou. A sua administração deverá adotar uma agenda disruptiva, liderada por aliados fiéis ao movimento MAGA.
Promessas para o Futuro
Trump delineou objetivos ambiciosos, como recuperar o controlo do Canal do Panamá, explorar Marte e implementar “uma revolução de bom senso” na governação. No primeiro dia no cargo, planeia emitir mais de 100 ações executivas focadas em imigração, energia e regulamentações federais.
Com um gabinete de aliados leais, o segundo mandato de Trump visa consolidar o seu legado como uma figura transformadora e polémica. Ao terminar o seu discurso, Trump declarou: “A partir de hoje, os Estados Unidos da América serão uma nação livre, soberana e independente. Seremos corajosos, viveremos com orgulho, sonharemos com ousadia e nada nos impedirá, porque somos americanos.”